sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Passageiro Sombrio


Escuridão
sempre me tom'alma.
Alma. Ela existe?

Uma inflamação que corroê,
o sangue congelando,
indícios de um ser humano?

Este ser que não me sinto,
pairando em um lago
com peixes primitivos
que matam uns aos outros.

Peixes inquietantes
rompendo o equilíbrio da água,
sobre a canoa o Passageiro Sombrio
pescando, alimentando seu tédio de viver.

Sua vara seu ceifo
sua linha das Moiras
sua isca seu peixe.

6 comentários:

  1. Excelente poesia, Jean. Lembrou-me o grande poeta paraibano Augusto dos Anjos. A ideia lúgubre e melancólica. Esse nosso lado sombrio não podemos nos furtar. Ele existe. Um abraço.

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  2. Poesia profunda, essa vem da alma.
    Abraço.

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  3. Jean ,que prazer conhecer seu blog e seus poemas
    fiquei fascinada com a magia com que escreve .
    Sou apaixonada por poesia afinal é a alma do poeta.
    Tomei a liberdade de seguir seu blog deixando um conte para conhecer o meu.
    Beijos...Evanir

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  4. Sua vida...seguir simplesmente seguir...pois tudo é passageiro!

    XEROOO MOÇO...ADOREI O CANTINHOOO VISSE

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  5. Oi Jean,

    Gosto das palavras amargas, doces de serem lidas.

    Beijo meu

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