quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Um Pouco de Atenção


Nos olhos deste ser
que me implora por metais
de metal o trigo comer
é isso que se pede nada mais.

Que lugar este circo cerca
onde os palhaços
nada tem de palhaçada
nem mesmo o pão para manter os ossos
ou os ossos para roer.

Estou em busca de educação
de uma mão para o sustentável
que me empurre para longe da corrupção
ou que me abrace como cidadão.

Estou em busca de educação
na contra mão
na escuridão
por estes lideres
que nada sabem da população.

Peço só um pouco de atenção.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Desejando


Se eu fechar os olhos
roubar um pouco do teu beijo
sentir um pouco do teu corpo
embaraçar teus cabelos,
da cintura viola
violão de corda loira
recostar em teu seio
abrigando teu sorriso
enquanto a chuva cai lá fora.

Me esbaldar em teu corpo
perdendo todo o juízo
dos teus olhos castanhos
em um único gemido.
Me entregaria mais que outrora.

sábado, 15 de outubro de 2011

Cadaver


Olhos fixos
nas fitas,
no céu
o silencio.

Os rios vermelhos
e flash's
fitas amarelas
por detrás dos panos
olhos atentos.

Caus?
Ao relento
corpo estirado
esfolado
sangrento.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Antes de Dormir


Meu corpo anseia teu calor
que em tua ausência nada sente,
do teu corpo ardente
as noites tornam-se mais quentes
e frias elas seguem sem te ter.

Quero tuas veias pulsantes
tuas mãos estofadas
as maças rosadas
a voz como lira
perfume no ar em harmonia.

De teus braços
abraços,
me fazer residente
do teu corpo indecente
provocando todo meu ser.

Desfalecido
lembranças do dia
das mãos se chocando
ao ar da malícia.

Em cada noite
por todos os dias
me vens como ninfa
em sonhos me ter.

Antes do crepúsculo
dos olhos afadigados
em sonho roubado
por todo teu ser
flores colhidas
escolhidas para você.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Renato


Das melodias harmônicas
minha lei é cantada
da tua vos rouca e grave
palavras, palavras
que'stremesse minh'alma
outrora em magoas
outrora sorrisos.

Em tua ausência
            Nos deram espelhos 
            e vimos um mundo doente!
Teus ideais
seguem encravadas na mente
de um mundo de amor
            É tão estranho, 
            os bons morrem jovens
            assim parece ser
            quando me lembro de você.


O tripé ao chão caído
Bonfá e Dado sem o amigo
que de três notas
fez-se em Legião Urbana.


            Palavras são erros
            e os erros são seus...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tempo


Estou cansado de correr
farei destas linhas transversais um só eixo
perpendicular as bases ao crescer
sem curvas ou semi retas
neste eixo temporal.

Caminhar caminhando
neste mundo mundano
a vida vivendo
sabendo amar meu amor
e fazendo da casa dos teus braços moradia.

Estou em busca de harmonia
com os braços de um lado
para o outro.

Estou em busca de um drinque
que não envenene minh'alma
que não abale oque eu sou.

Equilibrando,
no compasso do relógio
no gritar
despertador.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Estrada


O nevoeiro encobre o céu
envolta, o silencio paira o ar,
revestido pelo véu
da morte ao meu encontro por ceifar
minh'alma numa estrada
parada, inerte, calada.

Do inicio ao seu final
em passos curtos ao seguir
neste nevoeiro celestial
tua imagem vem sorrir.
Imaginando o paradeiro do teu ser
buscando por teu amor reviver.

Duvida, medo
morto em desespero
andando sem parar
esperando em apelo
te encontrar em algum lugar.