quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Estirado Sobre O Colchão


Estive horas ausente do corpo
emanante do calor Dantante e febril
que das coxas minhas mãos se vestem
nesta segunda sombria
que do porto ilumina em tua chegada.

Descansando sobre o seio
envolvido pelo cheiro
das rosas dos florais da nuca,
o perfume me envolvendo
fertilizando minha mente, dormente
com o ópio da índia
estirado sobre o colchão
e teus olhos castanhais adormecendo.

Corpos em concha,
surgem vários seres
e todos eles
dentro de uma mesma mulher,
sobre a palma da minha mão
os pulsares do coração
transpassando os seios
sentindo me um
polimerizado com tua aura
com nossos corpos sobre o colchão.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal


As ruas respiram a serenidade e a união
nelas, luminárias em quedas e espirais recobrindo arvores,
o tempo calafriado do verão sul americano
agregado com nozes e achocolatados
criando um ar nostálgico de infância.

Em alguns momentos sobre a arvore, presentes amontoados
e sentimos novamente a expectativa de ver Pai Noel,
mesmo sabendo que seu paradeiro assemelha-se ao do coelho Pascolino,
a magia que é viver o Natal é indescritível
tudo isso faz com que ele seja especial.

Bem aventurados aqueles que rogam a Deus pela vida digna
e proporcionam um sorriso no rosto da fome
que seja um pão ou um cálice de vinho
desde que seja!

Natal natalino é feliz pela felicidade de quem é ou pode ser 
do nascimento de alguém que não nasceu neste dia
mas com muita alegria olha por todos nos
e sempre por Natais melhores.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Por Onde Logro



Meus dentes doe por estes tempos
cujo a conspiração esta após os umbrais
estes que me logram por opção
obrigado por assim dizer
pois a fome me espera porta ao lado.

Vedo meus tímpanos e lacro meus vidrais
apenas me mudo para o ar da graça que é sonha
esperando em qualquer lugar
encontrar a piedade do grande arquiteto
que me mantem em um teto.

Vejo este mundo obstante
tal qual me priva do verdadeiro sonhar
ecoo Shakespeare em todo meu ser
parafraseando seus falares
dos sonhos inegáveis aos jovens
principalmente dos direitos de afetividade do amor.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Dia Que Serei Todo Seu


Se houver uma única estrela brilhando no céu
com um copo onde um marujo não enfrente tempestade
que a Lua em duas bandas inteiras se faça em Nova Lua Cheia.
Onde os Aquários abriguem o peixe de março
em um jogo de blackjack com Asariel e Uriel
e campos  floridos aromatizados em odor sem igual,
notas pairando no ar com tons natalinos vestigiais,
estradas curvilíneas descrevendo senóides e cossenóides,
bêbado com mel de abelha e do pêssego sobre o tronco da arvore,
um dia que não seja cinza, cujo o tempo pare em uma hora qualquer
só para olhar seus olhos pela eternidade.

Que seja na Quarta ou Quinta
pelo fim da tarde ao crepúsculo
com os dedos estirados em um rito matrimonial
o alicerce formando círculos e correntes,
o livro, a caneta de pena escrevendo novos capítulos
e meu corpo se tornando parte de um todo.

Dos mares aos rios que deságuam dos teus olhos,
dos fios de ouro presos sobre a coroa
sem orvalhos, Afrodite.
Sou errante, caminhante, mortal!
fincando raízes em tua alcova 
resumidos ao Amor!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Querida...


Não é de hoje
que essa apatia me envolve
andei machucado
sem saber por onde,
estou de volta,
meu coração
não esta parado como ultimamente,
você pode fechar os olhos
e ver uma luz ofuscante
brilhando em seu coração,
sempre estarei iluminando,
amando teu sorriso
porque você é indescritível.

Quero em meus natais
chocolates natalinos
e melhor que isso
cafe de julho 
com sabor de dezembro,
com noites de fevereiro.

Você como mulher amante
teus olhos diamantes
e tua alma ofuscante
criando todos meus círculos Dantantes.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

The Dead On The Way

Vejo caminhante
com pernas andantes
cheirando feromônios
com veias pulsantes
fétido ser humano
que se arrasta pela sobrevivência
em qualquer lugar.

Morderei você...

Minhas entranhas expostas
fraturas e carne podre
em um lento caminhar
rasteja rastejante
em busca destes teus braços
e pernas com veias pulsantes.

Args....

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Ponte


As escadarias no firmamento
o vento gélido e doce
o mar cristalino
com seus olhos na lua
ao crepúsculo do findar do dia
a grama e as rosas
no natal de verão
verão de inverno
ar denso nos pulmões
e auroras boreais.

Escadaria Romana
que some no horizonte
as nuvens pairando
a luz viajando retilineamente
e alma desencarnada.

Subindo, Subindo
caminhando 
por entre os espinhais
vivido por décadas
subo em paz.

Levitando, pairando
e a luz do horizonte
se polimerizando
com minh'alma,
atravessando a ponte
rumo ao céu.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Corinthians


Corinthios vocês que despertam penta
com as mãos na taça que todos sustentam
da luta de jogos jogados,
das fraturas
e perdas do centenário.

Da camisa nove nas lojas destes Brasis
estampada fenômeno em seus arcos costais,
sem filósofos para vangloriar esta manhã
cuja as caravelas estão encravadas de volta ao mar
ou distantes de mais para se ouvir.

Não somos Libertadores destas dores
de não ter Mundiais,
somos fieis como Deus,
somos Brasileiros como Lula
somos louquinhos
cada um de nos.

Doce Ar Da Segunda

Olho para o céu
o sol resplandece
sobre a neblina,
paira o silencio
o firmamento se concretiza
sobre areias movediças.

Resta-me a esperança
que de todo o suor germine
uma arvore de natal mais nítida
para natais mais frondosos
com títulos e honrarias.

Vago em minha mente
ainda com traços de Pitágoras
ecoando catetos,
filosofando Demócrito
e fantasiando como Dante.

No fundo só estou apático
com adrenogenos parassimpáticos
tentando evitar o ócio e a dormência
do doce ar desta segunda-feira.