quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Dia Que Serei Todo Seu


Se houver uma única estrela brilhando no céu
com um copo onde um marujo não enfrente tempestade
que a Lua em duas bandas inteiras se faça em Nova Lua Cheia.
Onde os Aquários abriguem o peixe de março
em um jogo de blackjack com Asariel e Uriel
e campos  floridos aromatizados em odor sem igual,
notas pairando no ar com tons natalinos vestigiais,
estradas curvilíneas descrevendo senóides e cossenóides,
bêbado com mel de abelha e do pêssego sobre o tronco da arvore,
um dia que não seja cinza, cujo o tempo pare em uma hora qualquer
só para olhar seus olhos pela eternidade.

Que seja na Quarta ou Quinta
pelo fim da tarde ao crepúsculo
com os dedos estirados em um rito matrimonial
o alicerce formando círculos e correntes,
o livro, a caneta de pena escrevendo novos capítulos
e meu corpo se tornando parte de um todo.

Dos mares aos rios que deságuam dos teus olhos,
dos fios de ouro presos sobre a coroa
sem orvalhos, Afrodite.
Sou errante, caminhante, mortal!
fincando raízes em tua alcova 
resumidos ao Amor!

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